Porque queremos trair quando estamos em um casamento feliz?

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Por que trair, quando simplesmente podemos nos divorciar? Por que mentir, se existe a possibilidade de abrir o coração outra vez e mudar o rumo de nossas vidas? São estas as questões que sempre passam pela nossa cabeça quando ouvimos falar sobre um caso de traição, ou quando nós mesmos consideramos essa possibilidade. Só que achar esta resposta nos leva para outra pergunta: Por que vou me divorciar de alguém que me ama, que me faz feliz, quando tudo o que quero é apenas um sexo casual para fugir da rotina, sem implicações afetivas? Por que vou abrir mão de tudo?  

Esqueça as condutas morais; elas não passam de regras éticas que visam orientar o comportamento coletivo, e que ignoram a felicidade e as particularidades de cada um. O desejo de trair dentro de um casamento feliz é algo que pesa. O mais curioso, segundo as estatísticas disponíveis, é que as mulheres que procuram um amante em sites de encontros amorosos não querem se divorciar. Elas querem sexo, aventura, emoção. Um extra, e não um compromisso. 

trair no casamento

Sexo, e não romance. A maior parte das mulheres que traem os maridos não querem um novo parcerio. Elas procuram estímulos para se sentirem vivas outra vez. Em um relacionamento estável e duradouro, regendo uma família feliz e cumprindo inúmeros papéis exigidos – mulheres e homens apaixonados, mães e pais cuidadosos, profissionais competentes e com disponibilidade constante –, o ‘eu’ acaba esquecido. Se juntarmos tudo isto com a rotina e a monotonia das relações monogâmicas de longa duração, a vontade de transgredir as regras acaba surgindo inevitavelmente. Muitas vezes, essa urgência, essa necessidade de aplacar as carências, avança para o desejo de arranjar alguém. Um amante. Alguém para transar sem compromisso. Aqui embaixo vamos apresentar alguns motivos que alimentam o desejo de trair em um casamento e outros pelas quais o divórcio não é desejado. 

A traição é opção porque: 

  • Quase 50% das mulheres que traem sentem-se atraídas pelo amante.
  • Uma percentagem menor confessa a necessidade de se voltarem a sentir desejadas.
  • Uma pequena, mas significativa percentagem de mulheres refere a necessidade de um amante por viverem um casamento sem sexo.
  • Apimentar a sua vida sexual e a do próprio casal é uma justificação repetida entre mulheres casadas com filhos.
  • Mais sexo e mais variedade são as razões mais frequentemente apresentadas pelos homens.
  • A vivência numa relação morna que perdeu a vivacidade da paixão e da atração mútua, faz com que uma parte dos indivíduos confesse que procura afeto nas relações extramatrimoniais.
  • O casamento pode ser dececionante e está longe da perfeição.
  • Só procuram sexo e essa busca não compromete o amor que partilham com os companheiros. • Em relações duradouras o corpo e o sexo são secundarizados.
  • É um desafio onde podem experimentar momentos de fantasia e exaltação.
  • Sentem necessidade de correr riscos e experimentar níveis altos de adrenalina. 

A traição não é opção porque: 

1. Ainda amam os companheiros/as 

  • Cerca de três quartos das mulheres que procuram sites de encontros para pessoas casadas não querem deixar os maridos, os quais descrevem de forma positiva e carinhosa, e com querem continuar a partilhar as suas vidas. O mesmo se passa com mais de metade dos homens que traem, os quais se referem ao seu casamento como sendo feliz e mesmo muito feliz. 
  • Apesar da insuficiente ou pouco satisfatória vida sexual, o casamento é sólido e harmonioso. 
  • Mesmo a falta de sexo, a que alguns casamentos conduzem em determinado momento, não é suficiente para considerar uma separação definitiva, porque se mantêm os laços afetivos. 
  • Sentem-se realizados e felizes na relação primária a todos os níveis exceto sexualmente. 
  • Aceitam a carência sexual junto de parceiros que realizam e satisfazem todos os outros requisitos de um relacionamento feliz e saudável. 
  • Sentem que estão casados com a sua alma gémea. 
  • Entendem que o divórcio soluciona incompatibilidades estruturais e afetivas, mas não se justifica quando apenas se procura mais sexo ou sexo diferente

2. Prezam a harmonia familiar 

  • Um número significativo de pessoas com filhos não considera o divórcio por entenderem que isso afetaria negativamente os filhos. Um impacto que é percetível em qualquer idade da criança ou jovem e que pode deixar sérias marcas para toda a vida. 
  • Homens e mulheres com filhos acusam uma maior responsabilidade no que concerne à família e ao desejo de a manterem unida. 
  • Os que se aventuram na busca de um companheiro sexual fora do casamento, admitem que se transformam em parceiros e pais mais carinhosos e entusiastas em casa. 
  • Sexo fora do casamento auxilia na manutenção do equilíbrio familiar. 
  • O coração e a mente sentem-se felizes e apreciados no casamento. 

3. Muitos casais fazem-no abertamente 

  • Mais casais do que se imagina mantém acordos explícitos ou tácitos que lhes permitem ter encontros sexuais com outros parceiros
  • O reconhecimento de desinteresse ou desinvestimento sexual expresso por um dos parceiros concede ao outro a liberdade e o direito de procurar satisfação sexual fora do casamento. 
  • Algum tipo de incompatibilidade ou impossibilidade física estabelece essa necessidade fora do âmbito afetivo. 

4. Não querem outro parceiro 

  • Independentemente de incompatibilidades numa área específica da relação amorosa, por norma a sexual, quem trai não se imagina a viver com outra pessoa
  • Acreditam que não seriam felizes com outra pessoa. • Sentem que já têm a seu lado a pessoa ao lado de quem querem envelhecer. 
  • O tipo de compromisso, amizade, partilha, segurança e confiança que têm com o parceiro é irreplicável e não procuram isso fora da sua relação primária. 
  • É mais cómodo e descomplicado ter sexo ocasional com parceiros de sites para pessoas casadas, do que terminar uma relação onde encontram bem-estar e realização pessoal a vários níveis. 
  • Aquilo que procuram num amante está longe de ser aquilo que pretendem para a relação de todos os dias.
  • Receiam o desconhecido e temem deixar uma relação segura e profunda por algo que pode nunca chegar ao mesmo patamar de segurança e conforto.
  • O sexo não é a única métrica de um casamento feliz. 

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